16 de abril de 2020

Bolsonaro faz pronunciamento após demissão de Mandetta

Presidente anunciou o oncologista Nelson Teich para a pasta. Médico foi consultor de saúde durante a campanha eleitoral de Bolsonaro

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), realizou um pronunciamento nesta quinta-feira (16) após a demissão de Luiz Henrique Mandetta (Saúde). Em seguida, apresentou o novo ministro, Nelson Teich.
Bolsonaro afirmou que a exoneração, em meio a pandemia do novo coronavírus, foi um “divórcio consensual”. “Não condeno, nem recrimino e nem critico o ainda ministro Mandetta. Ele fez aquilo, que como médico, achava que devia fazer. Ao longo desse tempo, a separação cada vez mais se tornava uma realidade, mas não podemos tomar decisões de forma que o trabalho feito até o momento fosse perdido”, disse.

O presidente lembrou que coordena 22 ministérios e, na maioria das vezes, o problema não afeta só a uma pasta. “Quando se fala em saúde, fala-se de vida, e não pode deixar de falar em emprego. Uma pessoa desempregada estará mais propensa a sofrer problemas de saúde do que uma outra empregada. E, desde o começo da pandemia, eu me dirigi a todos os ministros e falei sobre vida e emprego”, argumentou o presidente, comparando a situação com um paciente que possui duas doenças. “Não pode abandonar uma e tratar exclusivamente de outra”, disse.
Bolsonaro voltou a reafirmar sobre a necessidade de se voltar ao emprego. "O governo não abandonou os mais necessitados. E foi o que eu conversei com o doutor Nelson (Teich), que gradativamente nós temos que abrir os empregos no Brasil”, disse. "O governo não tem como manter esse auxílio emergencial ou outras ações por muito tempo, uma vez que já se gastou aproximadamente R$ 600 bilhões”, avaliou.
O presidente fez, ainda, um apelo para os outros Poderes, Judiciário e Legislativo. "A responsabilidade não é só minha. Jamais mandaria prender quem estivesse nas ruas. Jamais vou tirar direito constitucional de ir e vir. Temos que tomar medidas, sim, para evitar proliferação do vírus, mas com medidas que não atinjam as liberdades individuais e jamais cercearemos os direitos fundamentais. Quem tem o direito de decretar estado de sítio após o parlamento é o presidente da República, e não prefeito ou governador."

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